É o ronronar. É o olhar doce e inocente do seu gato.
É o beijo silencioso. É a demonstração secreta de carinho.
Não é você.
É o olhar de culpa pela não aceitação. É a explosão de ser o que é.
É o verde da roupa de cama, da camisa e dos seus olhos.
É a mão que desliza sobre a barba. Não é você.
É a presença completa. É a bandeja de frutas vermelhas.
É a satisfação em receber bem quem visita.
Não é você.
É o pedido para ver aqueles vídeos no youtube.
É a história que se repete e, eu ansioso, desconfio do final.
É o meu cheiro que marca e agrada. Não é você.
É a possibilidade de felicidade que sempre invade.
É a esperança que me alcança e ao meu coração amansa.
Não, é você.