Narrativa Transmídia no Cinema Brasileiro: análise sobre o Projeto Latitudes

Latitudes aponta um novo caminho para fazer cinema no Brasil, uma vez que seu financiamento foi exclusivamente realizado com empresas parceiras, por meio de patrocínios. O projeto não contou com linhas de financiamento governamentais, como leis de incentivo, que são hoje a principal fonte de recursos para financiamento no cinema nacional.

Apresentado pela Procter & Gamble e com apoio de FIAT e Heineken, Latitudes utilizou recursos de Product Placement e conseguiu inserir estas marcas e seus produtos dentro do conteúdo do projeto. É sutil e orgânica a maneira como as marcas aparecem nas telas, o que se mostra como uma alternativa inteligente e totalmente alinhada com a inovação que Latitudes propõe. Outra ação a ser ressaltada refere-se às parcerias com todas as locações onde Latitudes foi filmado. Houve permuta com os hotéis e restaurantes, de modo que os custos com as diárias foram revertidos em inserções de imagens dos mesmos na história. Com isso, esses locais ganham em visibilidade junto ao espectador do projeto.

As marcas também estiveram presentes nas redes sociais de Latitudes, no canal do Youtube, na fanpage no Facebook e no perfil no Instagram, sempre de maneira discreta e orgânica, com total integração ao conteúdo.

Considerando que o cinema brasileiro carece de iniciativas inovadoras para sua realização enquanto indústria e arte, este artigo – apresentado no III Seminário Nacional Cinema em Perspectiva, em parceria com a Faculdade de Artes do Paraná –  realiza um estudo de caso com o objetivo de refletir sobre a construção de formatos e pioneirismo na narrativa transmídia dispostos no projeto audiovisual Latitudes, de Felipe Braga. Latitudes é o primeiro projeto transmídia realizado no cinema brasileiro, que envolveu as mídias cinema, televisão e internet.

Clique na imagem abaixo para ler o artigo na íntegra.